A Oncologia é uma especialidade médica que pode contribuir para a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças tumorais como o câncer, em suas diferentes apresentações. Todos os órgãos de interesse do urologista, ou seja, do sistema urinário e do sistema reprodutor masculino, podem desenvolver tumores malignos. Os mais comuns são:
- Câncer de próstata;
- Câncer de rim;
- Câncer de bexiga;
- Câncer de testículo;
- Câncer de pênis.
Nos casos oncológicos, o urologista geralmente trabalha associado com outros profissionais, formando uma equipe multidisciplinar que possa garantir o apoio completo ao paciente com câncer. Essa equipe pode envolver médicos oncologistas, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, entre outros profissionais.
Câncer de próstata
O mais frequente dos tumores urológicos, o segundo tumor mais comum em homens (atrás apenas do câncer de pele) e o tipo de câncer que mais mata homens.
Por conta disso, é tão importante realizar os exames de rastreamento, para um diagnóstico o mais precoce possível, para que as chances de cura sejam as melhores possíveis.
Os principais fatores de risco para câncer de próstata são: etnia (afrodescendentes são mais acometidos), fatores genéticos (quem tem casos na família é mais susceptível) e obesidade.
A recomendação atual é que os exames de rastreamento (PSA e exame de toque) sejam realizados anualmente a partir dos 45 anos nos homens com algum dos fatores de risco citados acima, e a partir dos 50 anos para os que não tem nenhum fator de risco.
Uma vez diagnosticado o câncer de próstata, o tratamento se faz necessário. Esse tratamento pode ser feito com cirurgia (prostatectomia), com radioterapia ou com medicações.
O tratamento cirúrgico evoluiu muito nos últimos anos, com o advento da cirurgia robótica, minimamente invasiva e com ótimos resultados no tratamento do câncer de próstata.
Câncer de Rins
O câncer de rins pode ser perigoso, uma vez que os sintomas só surgem quando o tumor está grande, em fases mais avançadas. Felizmente hoje, com a melhora dos exames de imagem, muitos tumores são diagnosticados em exames realizados por outros motivos, como em ultrassonografias ou tomografias de abdome, o que chamamos de tumores incidentais.
O tratamento de escolha para os tumores renais é a cirurgia, sendo que para tumores menores de 7 centímetros, dá-se preferência para a retirada apenas do tumor, evitando retirar todo o rim (nefrectomia parcial).
Tanto nos casos de nefrectomia parcial, como naqueles em que é necessário retirar todo o rim, geralmente usamos a laparoscopia ou a cirurgia robótica.
Câncer de Bexiga
O câncer de bexiga é um tumor pouco frequente. O principal fator de risco é o tabagismo. O principal sintoma é o sangramento na urina, sendo que sempre devemos suspeitar desse tumor quando esse sintoma é relatado, principalmente em pacientes com mais de 60 anos.
O diagnóstico de certeza geralmente é feito com uma endoscopia da bexiga, chamada cistoscopia, com biopsia do tumor.
O tratamento pode ser feito com cirurgia, associada ou não a quimioterapia e radioterapia. Quando o tumor é pequeno, a cirurgia pode ser feita por dentro da bexiga, com uma “raspagem” do mesmo. Para tumores maiores, a retirada da bexiga pode ser necessária.
Câncer de Testículos
O câncer dos testiculos, ao contrário da maior parte dos tumores malignos, é um câncer que ocorre mais em jovens, principalmente dos 25 aos 35 anos.
O principal sintoma é o crescimento do testiculos, ou a palpável de um nódulo, geralmente percebido pelo próprio paciente.
O tratamento deve ser realizado com cirurgia (retirada do testículo), sendo que pode ser necessário associar quimioterapia ou radioterapia.
Por acontecer em pacientes jovens, uma preocupação sempre presente deve ser a tentativa de manter a fertilidade, o que pode ser feito com o congelamento de esperma.
Câncer de Pênis
O câncer de pênis está altamente relacionado com infecções pelo papilomavírus humano (HPV), uma infecção sexualmente transmissível.
Geralmente aparece como uma pequena lesão no penis: uma verruga, ou uma úlcera. A biópsia da lesão faz o diagnóstico de certeza.
O diagnóstico precoce é fundamental para que o tratamento seja menos agressivo, preservando assim a função sexual.