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Oncologia

Atualizado em 26/04/2024
Tempo de leitura: 3 min.

A Oncologia é uma especialidade médica que pode contribuir para a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças tumorais como o câncer, em suas diferentes apresentações. Todos os órgãos de interesse do urologista, ou seja,   do sistema urinário e do sistema reprodutor masculino, podem desenvolver tumores malignos. Os mais comuns são:

  • Câncer de próstata;
  • Câncer de rim;
  • Câncer de bexiga;
  • Câncer de testículo;
  • Câncer de pênis.

Nos casos oncológicos, o urologista geralmente trabalha associado com outros profissionais, formando uma equipe multidisciplinar que possa garantir o apoio completo ao paciente com câncer. Essa equipe pode envolver médicos oncologistas, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, entre outros profissionais. 

Câncer de próstata 

O mais frequente dos tumores urológicos, o segundo tumor mais comum em homens (atrás apenas do câncer de pele) e o tipo de câncer  que mais mata homens.

Por conta disso, é tão importante realizar os exames de rastreamento, para um diagnóstico o mais precoce possível, para que as chances de cura sejam as melhores possíveis.

Os principais fatores de risco para câncer de próstata são: etnia (afrodescendentes são mais acometidos), fatores genéticos (quem tem casos na família é mais susceptível) e obesidade.

A recomendação atual é que os exames de rastreamento (PSA e exame de toque) sejam realizados anualmente a partir dos 45 anos nos homens com algum dos fatores de risco citados acima, e a partir dos 50 anos para os que não tem nenhum fator de risco.

Uma vez diagnosticado o câncer de próstata, o tratamento se faz necessário. Esse tratamento pode ser feito com cirurgia (prostatectomia), com radioterapia ou com medicações.

O tratamento cirúrgico evoluiu muito nos últimos anos, com o advento da cirurgia robótica, minimamente invasiva e com ótimos resultados no tratamento do câncer de próstata.

Câncer de Rins 

O câncer de rins pode ser perigoso, uma vez que os sintomas só surgem quando o tumor está grande, em fases mais avançadas. Felizmente hoje, com a melhora dos exames de imagem, muitos tumores são diagnosticados em exames realizados por outros motivos, como em ultrassonografias ou tomografias de abdome, o que chamamos de tumores incidentais.

O tratamento de escolha para os tumores renais é a cirurgia, sendo que para tumores menores de 7 centímetros, dá-se preferência para a retirada apenas do tumor, evitando retirar todo o rim (nefrectomia parcial). 

Tanto nos casos de nefrectomia parcial, como naqueles em que é necessário retirar todo o rim, geralmente usamos a laparoscopia ou a cirurgia robótica.

Câncer de Bexiga 

O câncer de bexiga é um tumor pouco frequente. O principal fator de risco é o tabagismo. O principal sintoma é o sangramento na urina, sendo que sempre devemos suspeitar desse tumor quando esse sintoma é relatado, principalmente em pacientes com mais de 60 anos.

O diagnóstico de certeza geralmente é feito com uma endoscopia da bexiga, chamada cistoscopia, com biopsia do tumor.

O tratamento pode ser feito com cirurgia, associada ou não a quimioterapia e radioterapia. Quando o tumor é pequeno, a cirurgia pode ser feita por dentro da bexiga, com uma “raspagem” do mesmo. Para tumores maiores, a retirada da bexiga pode ser necessária. 

Câncer de Testículos 

O câncer dos testiculos, ao contrário da maior parte dos tumores malignos, é um câncer que ocorre mais em jovens, principalmente dos 25 aos 35 anos.

O principal sintoma é o crescimento do testiculos, ou a palpável de um nódulo, geralmente percebido pelo próprio paciente. 

O tratamento deve ser realizado com cirurgia (retirada do testículo), sendo que pode ser necessário associar quimioterapia ou radioterapia.

Por acontecer em pacientes jovens, uma preocupação sempre presente deve ser a tentativa de manter a fertilidade, o que pode ser feito com o congelamento de esperma. 

Câncer de Pênis

O câncer de pênis está altamente relacionado com infecções pelo papilomavírus humano (HPV), uma infecção sexualmente transmissível.

Geralmente aparece como uma pequena lesão no penis: uma verruga, ou uma úlcera. A biópsia da lesão faz o diagnóstico de certeza.

O diagnóstico precoce é fundamental para que o tratamento seja menos agressivo, preservando assim a função sexual. 

Dr. Rodrigo Freddi CRM 129415
Dr. Rodrigo Freddi
CRM 129415
Formado pela Universidade de São Paulo (USP), pós-graduado em Urologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, atua com vasta experiência na área de urologia.
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