O feocromocitoma em si não é um tumor grave. No entanto, ele produz e libera hormônios na corrente sanguínea. O excesso dessas substâncias provoca desequilíbrios no organismo, e isso desencadeia quadros preocupantes, como a pressão arterial muito elevada.
Logo acima de cada um dos nossos rins fica localizada uma glândula suprarrenal. Essas glândulas também são conhecidas como adrenais e se dividem em duas regiões: o córtex e a região medular. O feocromocitoma é um tipo de tumor que se desenvolve na porção medular da glândula adrenal.
O grande problema dessa neoplasia é o fato de que ela produz hormônios, como adrenalina. Sendo assim, ele é liberado em uma quantidade grande na corrente sanguínea, e isso provoca diferentes alterações no organismo. Assim, um tumor feocromocitoma tende a causar, por exemplo, hipertensão e aceleração dos batimentos cardíacos.
Mas será que isso representa um risco verdadeiro para a saúde? O feocromocitoma é um tumor grave? Continue lendo para ver as respostas e confira quais são os sinais de alerta para buscar a ajuda de um especialista.
Índice
Quais são os riscos oferecidos pelo feocromocitoma?
O feocromocitoma é classificado como um tumor secretor de catecolaminas ou TSC. Como explicamos na introdução, ele se desenvolve na porção medular da glândula suprarrenal, e mesmo quando tem dimensões pequenas, libera hormônios na corrente sanguínea.
Os tumores secretores de catecolaminas são capazes de produzir, por exemplo, adrenalina, noradrenalina e dopamina. Por isso, a maior preocupação em relação a um quadro de feocromocitoma é o impacto desses hormônios no equilíbrio do organismo.
O tumor em si é raro e benigno. Uma pequena porção tem o potencial de metástase, ou seja, de alcançar tecidos ao redor, mas ainda assim são neoplasias benignas. Contudo, as catecolaminas produzidas pelo feocromocitoma podem causar um impacto significativo.
Imagine, por exemplo, uma pessoa com doses constantes de adrenalina em seu corpo. A produção e liberação desses hormônios tende a provocar, entre outros, o aumento da pressão arterial, e isso acontece em níveis muito elevados e difíceis de controlar.
Pode acontecer de a pressão arterial subir de forma repentina, oferecendo risco para a saúde. Ao mesmo tempo, os hormônios aceleram os batimentos cardíacos e desencadeiam ainda outras condições preocupantes.
Por isso, o tumor em si não é grave, mas o fato de ele liberar catecolaminas oferece risco para a pessoa. Quando o tratamento não é feito da forma adequada, o feocromocitoma pode causar mortalidade precoce em função de complicações cardíacas, vasculares, cerebrais e renais devido à hipertensão grave, inclusive, existe o risco de morte súbita.
Quais sintomas acendem um sinal de alerta?
Não são todos os pacientes que desenvolvem sintomas de feocromocitoma. Outros podem perceber certas manifestações, mas associar a quadros distintos, como um ataque de pânico ou uma crise de ansiedade.
De toda forma, ao perceber os sinais de alerta é muito importante buscar a ajuda de um especialista para fazer exames e obter um diagnóstico preciso. Afinal, como você viu, os hormônios liberados por esse tumor trazem risco para a saúde e a vida.
É importante ter atenção ao perceber sintomas como:
- elevação da pressão arterial;
- batimentos cardíacos muito rápidos;
- tontura ao se levantar;
- sudorese excessiva;
- suor frio;
- respiração rápida;
- dor de cabeça intensa;
- dor no peito;
- dores no abdômen;
- distúrbios visuais;
- formigamento nos dedos das mãos;
- náusea e vômito;
- constipação intestinal.
É válido saber que às vezes os sintomas do feocromocitoma podem aparecer de forma repentina. Inclusive, há pacientes que apresentam episódios de manifestações e, em seguida, a remissão dos sintomas. O que também acende um sinal de alerta e precisa ser investigado, já que pode ser confundido com crises de pânico.
Existe tratamento para o feocromocitoma?
O feocromocitoma é um quadro que pode ser tratado e curado. Mas antes são adotados procedimentos para controlar a pressão arterial do indivíduo. Para isso, são utilizadas diferentes classes de medicamentos.
Porém, é preciso fazer a remoção do tumor porque se ele permanecer no organismo da pessoa continuará produzindo e liberando hormônios. Logo, o tratamento principal é feito por meio de cirurgia para retirada do feocromocitoma, ou para retirar a glândula adrenal.
Como você viu, o feocromocitoma em si não é um tumor grave, principalmente porque se trata de uma formação benigna. Mas a liberação de hormônios na corrente sanguínea traz sérias consequências, exigindo um tratamento imediato para evitar grandes complicações e prejuízos para a saúde.