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Pieloplastia: como funciona e quando é indicada cirurgia?

Atualizado em 05/03/2024
Tempo de leitura: 3 min.

A junção entre o ureter e o rim pode apresentar um quadro de estreitamento (estenose). O tratamento é essencialmente cirúrgico, realizado por meio da pieloplastia. Ela pode ser feita pela técnica aberta, por videolaparoscopia ou por cirurgia robótica.

um diagrama de um rim

A urina produzida pelo rim passa por um canal para alcançar a bexiga. Esse canal se chama ureter, e ele se une ao rim por meio da junção por ureteropélvica (JUP). Por isso, é preciso que essa passagem esteja liberada para que a urina possa fluir sem complicação.

No entanto, existem fatores que comprometem o calibre adequado da junção, provocando um quadro chamado estenose. Ou seja, há um estreitamento dessa passagem, que dificulta a urina alcançar a bexiga.

Tratar essa condição é muito importante porque pode trazer uma série de complicações, inclusive, comprometer o funcionamento renal. O tratamento é feito por meio da pieloplastia, e neste artigo você vai entender como ela funciona. Continue lendo para conferir.

Quando é indicado fazer a pieloplastia?

A estenose da junção ureteropélvica pode ser um problema congênito, que acompanha a pessoa desde o nascimento. Entretanto, ela também pode ser adquirida em função de cálculos renais, um quadro de endometriose ou cirurgias prévias.

Conforme explicamos, quando acontece o estreitamento dessa junção, há dificuldade para a urina ser encaminhada para a bexiga. Em alguns casos, ocorre até mesmo a obstrução desse canal. Isso tende a desencadear a dilatação do rim afetado pelo problema, com a possibilidade de perda das funções renais.

Logo, ocorre uma série de sintomas que variam de acordo com a idade do paciente. Afinal, nos bebês, por exemplo, costuma provocar:

  • perda de apetite;
  • choro constante;
  • atraso no desenvolvimento.

Nas crianças e nos adolescentes ocorre:

  • presença de sangue na urina;
  • hipertensão;
  • cálculos renais;
  • desconforto abdominal ou lombar;
  • infecções urinárias e renais recorrentes.

Por todas essas consequências negativas, é necessária a realização da pieloplastia. Ela é recomendada quando a estenose afeta o funcionamento do rim e provoca dores, infecções ou cálculos renais.

Em qual idade é necessário fazer a pieloplastia?

Não existe uma regra, por isso, ainda há uma discussão sobre o momento ideal para fazer a cirurgia. Mas essa é a única forma de tratamento da estenose de JUP. De toda forma, é adotado como protocolo, sempre que possível, monitorar a função renal do paciente em vez de fazer a cirurgia imediatamente.

Isso acontece no caso de bebês e crianças muito pequenas, diagnosticadas com o problema. Essa medida é adotada porque conforme o paciente cresce as estruturas também se desenvolvem. Assim, a cirurgia se torna mais simples, os resultados são melhores e há menos riscos.

Contudo, nem sempre é possível esperar que o paciente cresça. Então, quando as infecções acontecem de forma muito recorrente, há hidronefrose ou prejuízos para o desenvolvimento, é recomendado fazer a cirurgia independentemente de idade.

Como a cirurgia é feita?

É possível realizar a pieloplastia por meio de técnicas minimamente invasivas. Assim, a cirurgia laparoscópica ou videolaparoscopia é uma boa alternativa. Ela favorece a precisão durante o procedimento, e isso faz com que a recuperação seja mais rápida e confortável para o paciente.

Também é possível realizar a cirurgia robótica, mas no caso dos bebês recém-nascidos, essas duas técnicas não são recomendadas. Isso porque ainda faltam materiais para auxiliar na aplicação adequada e segura das técnicas menos invasivas nesse grupo de pacientes.

Por isso, no caso deles, a cirurgia aberta costuma ser a recomendada. Em ambas as situações, o cirurgião remove toda a área que apresenta estreitamento. Em seguida, ele reconstrói a junção entre o ureter e a pelve renal, possibilitando a livre passagem da urina para a bexiga.

Depois do procedimento, é recomendado que o paciente permaneça internado por um ou dois dias, a fim de manter a observação. Nesse tempo, ele vai se recuperar da anestesia e será possível identificar se houve algum tipo de complicação e se o fluxo urinário foi restaurado devidamente.

Após a alta, é preciso permanecer em repouso evitando esforços por cerca de 30 dias. A recomendação é beber bastante líquido e utilizar corretamente os medicamentos receitados pelo especialista. Como esse é um problema também congênito, é essencial que os pais tenham bastante atenção aos seus filhos. Ao perceber sintomas, é fundamental consultar o urologista pediátrico para realizar uma avaliação e, se necessário, iniciar o tratamento.

Dr. Rodrigo Freddi CRM 129415
Dr. Rodrigo Freddi
CRM 129415
Formado pela Universidade de São Paulo (USP), pós-graduado em Urologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, atua com vasta experiência na área de urologia.

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