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Adenoma Adrenal: Como Identificar e Tratar o Tumor Suprarrenal?

Atualizado em 23/09/2024
Tempo de leitura: 3 min.

O adenoma adrenal é um tumor benigno das glândulas suprarrenais que pode causar desequilíbrios hormonais. Saiba como identificar os sintomas, métodos de diagnóstico e as opções de tratamento, incluindo cirurgia e monitoramento.

Ilustração de um corpo humano em raio-X destacando as glândulas suprarrenais em laranja, localizadas acima dos rins, indicando foco em problemas de saúde nessa região.

O adenoma adrenal é um tumor benigno que se forma nas glândulas suprarrenais, pequenas estruturas localizadas acima dos rins. Essas glândulas são responsáveis por produzir hormônios vitais, como cortisol, aldosterona e adrenalina, que regulam diversas funções no organismo.

Embora os adenomas adrenais sejam geralmente assintomáticos, eles podem causar problemas de saúde quando produzem hormônios em excesso. Saiba mais acompanhando o texto. 

Como Identificar o Adenoma Adrenal

A maioria dos adenomas adrenais é descoberta incidentalmente, ou seja, em exames de imagem realizados por outros motivos, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM).

No entanto, quando os adenomas são funcionais — produzem hormônios em excesso — eles podem levar a uma série de sintomas como:

  • Cortisol em excesso (Síndrome de Cushing): ganho de peso, rosto arredondado, fraqueza muscular, hipertensão arterial e osteoporose.
  • Aldosterona em excesso (Hiperaldosteronismo): hipertensão resistente a medicamentos e baixos níveis de potássio no sangue, causando fraqueza muscular e fadiga.
  • Produção de andrógenos: pode levar ao aumento de pelos em mulheres ou alterações menstruais.

Diagnóstico do Adenoma Adrenal

O diagnóstico do adenoma adrenal envolve uma combinação de exames de imagem e testes hormonais para determinar tanto a presença do tumor quanto sua funcionalidade:

  • Tomografia Computadorizada (TC): A TC fornece imagens detalhadas das glândulas suprarrenais, ajudando a distinguir tumores benignos de possíveis malignos.
  • Ressonância Magnética (RM): Também pode ser usada para avaliação do adenoma, especialmente em casos de dúvidas sobre a natureza do tumor ou se ele tem características incomuns.
  • Teste de cortisol (para síndrome de Cushing): Um teste de supressão com dexametasona pode ser feito para verificar se o corpo está produzindo cortisol em excesso.
  • Níveis de aldosterona e renina (para hiperaldosteronismo): Verificam a produção de aldosterona, um hormônio que regula a pressão arterial. Desequilíbrios entre esses dois hormônios podem indicar hiperaldosteronismo.
  • Exames de andrógenos: Em casos raros, o adenoma pode produzir andrógenos (hormônios masculinos), exigindo testes para medir níveis anormais desses hormônios.
  • Testes de função renal e eletrólitos: Verificam se o adenoma está impactando a função renal ou provocando alterações nos níveis de potássio no sangue, comuns no hiperaldosteronismo.

Tratamento do Adenoma Adrenal

O tratamento do adenoma adrenal depende de sua funcionalidade. Tumores não funcionais, que não produzem hormônios em excesso, geralmente não requerem tratamento imediato, mas precisam ser monitorados periodicamente com exames de imagem.

Quando o adenoma é funcional e está provocando sintomas, a cirurgia é a principal forma de tratamento. A adrenalectomia, remoção da glândula adrenal afetada, é recomendada para tumores que causam desequilíbrios hormonais. A cirurgia pode ser feita de forma minimamente invasiva, por laparoscopia, com menor tempo de recuperação.

Em casos de síndrome de Cushing ou hiperaldosteronismo, medicamentos podem ser utilizados antes da cirurgia para controlar os níveis hormonais e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Monitoramento e Prognóstico

Após a cirurgia, é importante acompanhar os níveis hormonais, pois pode levar algum tempo até que o corpo restabeleça o equilíbrio. O prognóstico para adenomas adrenais é, em geral, muito positivo, especialmente quando a remoção cirúrgica é realizada com sucesso.

Embora o adenoma adrenal seja um tumor benigno e frequentemente assintomático, ele pode impactar significativamente a saúde se produzir hormônios em excesso. Diagnóstico precoce e tratamento adequado são essenciais para evitar complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

Caso suspeite de algum sintoma relacionado à disfunção das glândulas suprarrenais, é fundamental procurar orientação médica. Ficou alguma duvida? Fale com o Dr Rodrigo Freddi, médico urologista.

Dr. Rodrigo Freddi CRM 129415
Dr. Rodrigo Freddi
CRM 129415
Formado pela Universidade de São Paulo (USP), pós-graduado em Urologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, atua com vasta experiência na área de urologia.

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